sábado, 15 de agosto de 2009

PEDALE PELA SAÚDE

Que tal? O ciclismo prolonga a vida, reduz o risco de doenças do coração e ainda melhora o humor

Texto: Vanessa de Sá e Bruno Acioli

Fazer atividade física é uma das chaves para garantir que a saúde fique em dia. E especialistas concordam que a bicicleta é uma das melhores formas de se exercitar: ela é uma máquina versártil, feita para minimizar o estresse e maximizar a eficiência.
José Rubens D'Elia, consultor esportivo da equipe olímpica de ciclismo e preparador físico do velejador octacampeão Robert Scheidt por 10 anos, define a bike como "o ser inanimado que conduz o ser humano para a sua essência". Isso devido a associação entre a fisiologia do corpo e a mecânica da magrela. "Com a adoção regular da prática , a fisiologia do corpo fica mais equilibrada. Os movimentos mais naturais dos membros inferiores levam, por exemplo, as pernas a trabalharem juntas, sincronizadas, em uma mesma intensidade", explica.
Pedalar com regularidade, desde que o exercício o faça respirar de forma ofegante, é uma das mais efetivas e prazerosas formas de fazer um exercício aeróbio e promover a saúde. Tanto é assim que em 1999 a OMS, Organização Mundial da Saúde, reconheceu o ciclismo como uma das maneiras de cuidar da saúde, já que ele reduz o risco de pressão alta, doenças cardíacas e diabetes.
Alguns cálculos publicados na revista Archives of Internal Medicine, estimaram que pessoas que pedalam três horas por semana têm 40% menos de chance de morrer do que sedentários, principalmente pela redução do risco cardíaco. O estudo acompanhou 30.000 voluntários. E mais, pesquisa publicada na conceituada revista científica Science revelou que aquelas pessoas que haviam trocado o ônibus pela bike para ir e voltar do trabalho tiveram uma redução nos níveis do mau colesterol, o chamado LDL, e o aumento do HDL, o bom colesterol.
Mas andar de bike precisa de muito mais do que apenas força de vontade. "Dizem que quem anda de bicicleta nunca esquece, mas não é bem assim. O ciclista precisa aprender a escolher a bike correta, sentar de uma maneira adequada em um selim confortável, buscar componentes qeu se ajustem à realidade e à necessidade de cada um e, mais importante: o ciclista precisa aprender a ser cortês, responsável e lembrar que seus atos podem não ser impactados neles próprios, mas no próximo ciclista", enfatiza D'Elia. A boa notícia é que dificilmente quem anda de bike é mal-humorado. Pesquisas já mostraram que pedalar moderadamente reduz os níveis de estresse e depressão, melhora o humor, auto-estima e ajuda a minimizar os terríveis sintomas da síndrome pré-menstrual. Ou seja, a bike é uma boa válvula de escape aos maus momentos do dia.

TRABALHO DE PERNAS
Pedalar traz uma série de benefícios à saúde. Talvez o mais óbvio deles seja que a bike, se comparada com a corrida, gera muio menos impacto nas articulações, em especial a dos joelhos e dos tornozelos. Não à toa o ciclismo é indicado como repouso ativo para corredores, quer dizer, uma forma de se manter ativo nos dias de descanso do treino ou um jeito de ficar em forma quando se está machucado.
O pedal trabalha fundamentalmente as pernas. Não apenas aumentando a circulação para esses membros como ajuda a fortalecer a musculatura deles. E pode ser uma ótima opção de exercício para a terceira idade. Quando envelhecemos, perdemos força nos membros inferiores, o que costuma causar desânimo durante a prática esportiva.
A bike também é uma alternativa eficiente para quem quer perder peso e combater doenças crônicas, desde que o trabalho fique dentro da zona de frequência ideal, 75% - 85% da FC máx.
"É importante realizar um teste ergoespirométrico, um check-up, manter o controle da frequência cardíaca e fazer uma orientação nutricional. Quem pedala não pode ficar sem comer, tampouco sair para pedalar apenas com a caramanhola", diz D'Élia. "Por meio da bike, o ciclista tem a sutileza de perceber a melhora em sua saúde e como é um esporte de fácil adaptação, é possível pedalar o dia todo, sendo um ótimo exercício para limpar a mente", finaliza ele.
Fonte: Revista Sport Life, ed. 92.

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